Durante a manhã do dia 25 de julho, onde os agricultores
comemoram o seu dia juntamente com o dia da agricultura, a Embrapa
Algodão recebeu mais de 200 agricultores, dentre os quais
compareceram membros do Pólo Sindical da Borborema, MST Via
Campesina, representantes da Articulação do
Semi-árido(ASPTA/PB), bem como Sindicatos,
Associações Rurais, Cooperativas, ONG's e
Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
O objetivo da vinda dos agricultores até a Embrapa
Algodão foi buscar o diálogo com a empresa,
promovendo
uma maior aproximação para que a pesquisa esteja
mais
próximo da agricultura familiar. ”A Embrapa
é um
marco agroecológico e tem criado um diferencial,
então
queremos dialogar, conhecer e ver como ela se coloca a
disposição da agroecologia, pois é um
movimento
que cresce, uma preocupação mundial”
comentou Maria
da Glória Batista, presidente da ASA/PB
As sementes da paixão, como são chamadas aquelas
produzidas de forma natural pelo pequeno agricultor,
estão
sendo colocadas em grau de desigualdade com as sementes geneticamente
modificadas. “Uma das reivindicações
é pelo
melhoramento do banco de sementes que na Paraíba
já somam
um total de 78 bancos. Já que essas pessoas têm
interesse
nas variedades da Embrapa, é necessário que a
empresa
busque ajudar esses seguimentos. Nós que fazemos a
gerência local estamos abertos para fazer esse
trabalho
através da captação de recursos junto
ao Governo
através do MDA e do BNB para podermos multiplicar as
sementes
para esses agricultores” afirmou o Técnico Heleno
de
Freitas, gerente do Escritório de Transferência de
Tecnologia da Embrapa.
O Chefe Geral da Embrapa Algodão,
Robério Ferreira
dos Santos, em seu discurso aos presentes, afirmou que é de
extrema importância esse contato entre empresa e
agricultores,
pois só assim pode-se perceber “in loco”
os reais
problemas sofridos e buscar as alternativas necessárias para
aumentar as demandas para essa área tão relevante
para o
cenário brasileiro. ”Gostaria de lembrar que o
agronegócio é de todos que precisam da
agricultura para
viver, não só para os grandes produtores,
então
tem-se que resgatar o agronegócio no seu sentido primitivo,
para
que não seja encarado apenas pelo lado negativo, e sim de
forma
mais ampla, já que todos fazem seus negócios com
as
culturas plantadas” ressaltou Robério.
Uma das propostas apresentadas a chefia da Unidade pelos agricultores
deu-se através de uma carta, que diz respeito a
ampliação da pesquisa e quadro de
funcionários
para aprimorar os sistemas produtivos diversificados da agricultura
familiar em base agroecológica; essa
reivindicação, já está
sendo colocada em
prática e a Empresa já trabalha com produtos
orgânicos, sem uso de agrotóxicos e
está, cada vez
mais, buscando expandir as técnicas para contemplar ainda
mais a
agricultura familiar. Outra proposta pertinente é de que a
empresa esteja inserida na realidade local, ampliando seus trabalhos,
voltado-os para a agricultura familiar, levando em
consideração sua realidade,
tradição,
cultura e seu ecossistema de forma participativa.
“Nesse primeiro encontro foi dado o
“ponta-pé”
inicial e muitos outros encontros acontecerão, pois a
Embrapa
Algodão demonstra interesse nas propostas e quer buscar
alternativas para que os planos sejam colocados em prática,
para
isso é necessário um engajamento tanto por parte
da
instituição quanto por parte dos segmentos
interessados.
As portas foram abertas para o diálogo, agora é
só
trabalhar para a melhoria” acrescentou Marenilson Batista,
representante do MDA.
Redação: Thâmara
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