A Embrapa Algodão participa, de 13 a 17 de fevereiro, do Show Rural Coopavel, evento de transferência de tecnologias agropecuárias que acontece em Cascavel (PR). O Show Rural espera reunir 280 expositores, atraindo mais de 180 mil visitantes de todo o país e exterior.
 
Cultivares de algodão, mamona, amendoim e gergelim, desenvolvidas por melhoramento genético, serão apresentadas no evento. A principal novidade é a BRS Havana, variedade de amendoim lançada pela Embrapa em dezembro passado e que tem como principal atributo a película de cor creme. As cultivares de algodão de cor marrom avermelhada, BRS Rubi e BRS Safira, lançadas em março de 2005, também estarão na vitrine de tecnologias e no stand da Embrapa.
Seguem abaixo as tecnologias da Embrapa Algodão que poderão ser conferidas no Show Rural:

Cultivares de Algodão Branco para o Cerrado Brasileiro:

BRS ARAÇÁ, BRS PEROBA, BRS CAMAÇARI, BRS ACÁCIA/ACALA, BRS JATOBÁ, BRS AROEIRA, BRS CEDRO, BRS IPÊ, BRS SUCUPIRA, BRS FACUAL e CNPA ITA 90 são as cultivares da Embrapa para o Cerrado brasileiro. Todas possuem alta produtividade (170 a 300 @/ha); resistência múltipla a doenças (viroses, ramulose, bacteriose, complexo fusarium + nematóide, alternaria, ramularia); alto rendimento (38 a 40%) e alta resistência de fibras (acima de 28 g/tex); finura de fibra na faixa de 3,9 a 4,2; comprimento médio de fibra entre 30 e 34 mm e adaptação à colheita mecânica.

Cultivares de Algodão Colorido:

Adaptado a fiações de alta velocidade, o algodão colorido da Embrapa reduz os custos de produção para a indústria têxtil e o lançamento de efluentes químicos e tóxicos, por dispensar o uso de corantes. As cultivares BRS 200 Marrom, BRS Verde, BRS Rubi e BRS Safira são adaptadas ao clima semi-árido e bastante produtivas. Em condições de sequeiro, seu rendimento médio é de cerca de 2.000 kg/ha e 1.900 kg/ha de algodão em caroço, respectivamente para as duas primeiras e duas últimas cultivares.

Cultivares de Mamona:

Com porte médio e ciclo longo, BRS 149 Nordestina e BRS 188 Sertaneja foram desenvolvidas para plantio em região semi-árida, apresentando respectivamente 49% e 48% de óleo na semente. Têm grande tolerância à seca e suscetibilidade moderada ao mofo cinzento, podendo produzir até 1.500 kg/ha anualmente.

Cultivares de Gergelim:

CNPA G2: com porte mediano e ciclo de 100 dias, é tolerante à mancha angular, tem alta estabilidade produtiva e é recomendada para plantio de sequeiro e irrigado em todos os estados do Nordeste.
CNPA G3: de porte mediano e ciclo entre 90 e 100 dias, é resistente à mancha angular e indicada para a região semi-árida nordestina.
CNPA G4: com porte médio, ciclo de 90 dias e teor de óleo entre 48 e 50%, é tolerante à murcha de macrophomina, mancha angular e Cercosporiose e indicada para cultivo no Nordeste e cerrados de Goiás.

Cultivares de Amendoim:

BR 1: indicada para condições de sequeiro, é precoce, produtiva e tolerante à mancha parda. É recomendada para consumo in natura e para a indústria de produtos alimentícios, por possuir baixo teor de óleo (45%) e 29% de proteína bruta.
BRS 151 L7: é, até o momento, a cultivar mais precoce de amendoim no Brasil e adaptada para cultivo em clima semi-árido. Tem ciclo de 87 dias e pode ser cultivada em regime de sequeiro ou irrigado. Apresenta rendimento de 71% em amêndoas e 46% de óleo bruto nas sementes, sendo indicada para o mercado de consumo in natura e para a indústria de alimentos.
BRS Havana: tem ciclo de 90 dias, é adaptada ao ambiente semi-árido e apresenta produtividade média de 1.800 kg/ha em vagens. Tolerante às cercosporioses, contém 4 sementes por vagem, de formato arredondado e coloração creme. Com baixo teor de óleo, é indicada para atender o mercado de alimentos.