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Embrapa
leva novas cultivares
de algodão colorido à COMTEX |
14
de março de 2005 |
As novas cultivares de algodão colorido da Embrapa - BRS
Safira
e BRS Rubi - serão uma das grandes novidades da Feira de
Componentes Têxteis - COMTEX 2005, que acontece de 16 a 19 de
março em Caruaru (PE).
Lançadas no dia 9 deste mês em Campina Grande
(PB), BRS
Safira e BRS Rubi têm cor marrom avermelhada e
serão
apresentadas na COMTEX por meio de um desfile de roupas produzidas a
partir do novo algodão e de
combinações com as
outras cores já obtidas pela Embrapa. Vinculada ao
Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, a
empresa é pioneira no desenvolvimento do algodão
colorido
no Brasil e já colocou no mercado outras duas variedades:
BRS
200 Marrom e BRS Verde, em 2000 e 2003, respectivamente.
A coleção que sobe à passarela na
noite de
abertura da COMTEX foi desenhada pela equipe de moda do Centro de
Tecnologia do Couro e do Calçado,
instituição
integrante do Sistema FIEP; e executada pela Cooperativa Natural
Fashion. O desfile também conta com peças de
banho
produzidas pela Karsten.
As fibras da BRS Safira e da BRS Rubi não desbotam. "Elas
têm excelente solidez ao cloro e à luz,
característica muito valorizada pela indústria
têxtil", diz Leoni Pasold, coordenador de Pesquisa &
Desenvolvimento da Karsten. Testes realizados pela empresa em toalhas
feitas a partir do novo algodão demonstraram que o produto
preserva a cor mesmo após exposição
prolongada
à luz e em contato com água clorada, o que em
fibras
tingidas provoca desbotamento e até manchas.
Fruto de uma pesquisa financiada pelo Banco do Nordeste, BRS Rubi e BRS
Safira são resultado de um meio de um processo de
melhoramento
genético iniciado em 1996. "Elas foram originadas do
cruzamento
entre cultivares de fibra branca de boa qualidade adaptadas
à
região Nordeste e materiais introduzidos de cor marrom
escura",
explica Luiz Paulo de Carvalho, obtentor das variedades e chefe de
Pesquisa & Desenvolvimento da Embrapa Algodão.
As novas cultivares são herbáceas ou anuais,
podendo ser
plantadas nas áreas zoneadas para este tipo de
algodão.
Ambas são bastante produtivas: em
condições de
sequeiro, têm rendimento médio de até
1.900 quilos
por hectare de algodão em caroço, ultrapassando
3,5
toneladas por hectare em regime irrigado, se forem seguidas as
recomendações de manejo e colheita da Embrapa
Algodão. A diferença principal entre as duas
é que
a Rubi tem a fibra um pouco mais escura do que a Safira.
Ecologicamente correto, não poluente, de valor agregado para
o
produtor e forte apelo no mercado internacional, o algodão
colorido desenvolvido pela Embrapa tem se consolidado como uma cultura
sustentável e excelente alternativa econômica para
a
agricultura familiar. Desenvolvido para as
condições do
semi-árido, é uma excelente alternativa de
geração de renda para os pequenos agricultores do
Nordeste. Além de adaptadas às
fiações
modernas, as cultivares de algodão colorido da Embrapa
reduzem
os custos de produção para a indústria
têxtil e o lançamento de efluentes
químicos e
tóxicos, por dispensarem o uso de corantes.
Indicado também para pessoas alérgicas a tecidos
artificialmente coloridos, o algodão colorido tem tido
demanda
crescente do mercado internacional - principalmente na Europa e no
Japão, onde aumentam os adeptos de produtos naturais.
Redação:
Catarina Donda - Relações públicas
(CONRERP/5a
1484)
Comunicação Empresarial - Embrapa
Algodão
Tel.: (83) 3315-4300 / 4378
E-mail: catarina@cnpa.embrapa.br
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