Não há outra saída. Só o Manejo Integrado
de Pragas (MIP) é capaz de combater com eficiência a
lagarta
Helicoverpa armigera,
que vem destruindo lavouras de norte a sul do País. Essa
é a recomendação dos pesquisadores da Caravana
Embrapa de Alerta às Ameaças Fitossanitárias, que
nesta quinta-feira (23) passou pelo município de Bom Jesus (PI),
a 635 quilômetros a sudoeste de Teresina. Na terça (21), o
grupo esteve em Balsas (MA).
Os pesquisadores mostraram as principais estratégias que
combatem efetivamente a praga, como o monitoramento, onde o produtor
conhece a dinâmica populacional do inseto no tempo e no
espaço, podendo então atacar a praga no seu ponto de
fraqueza. A identificação da praga e o controle dela com
base em históricos de ocorrência e no monitoramento,
são outras estratégias importantes.
O pesquisador Ivan Cruz, que é entomologista da Embrapa Milho e
Sorgo (Sete Lagoas, MG), destacou que o Manejo Integrado de Pragas se
equilibra em três pilares: plantas transgênicas, controle
biológico e controle químico. Este, com inseticidas
seletivos. “O controle químico é o que requer um
manejo mais seletivo na hora de enfrentar a lagarta, para não
causar danos ao ambiente”, alertou.
A Helicoverpa armígera é uma praga que preocupa as
autoridades fitossanitárias e vem tirando o sono dos produtores,
principalmente de soja, milho, algodão e feijão. Ela
ataca também cerca de 100 espécies, como tomate,
pimentão e laranja. A lagarta tem um rápido
desenvolvimento e, em 30 dias, passa de ovo a adulto. A partir
daí, sem discriminação e insaciável, ela
ataca tudo que vem pela frente.
O encontro dos pesquisadores com técnicos, consultores,
produtores, professores e estudantes aconteceu durante toda
manhã, no auditório central do campus da Universidade
Federal do Piauí. Cerca de 270 pessoas participaram. Todas
receberam um
kit com CD, DVD e folderes. O material tem importantes informações sobre o manejo de pragas.
A cruzada da Caravana Embrapa em Bom Jesus teve a mesma dinâmica
do roteiro que vem sendo seguido em outros estados. O encontro foi
aberto pelo coordenador da Caravana, Sérgio Abud, da
Embrapa Cerrados (Planaltina, DF), falando sobre os objetivos e
propostas da ação, além dos aspectos
bioecológicos; Fábio Aquino, da Embrapa Algodão
(Campina Grande, PB), focou o MIP; Adeney Bueno, da Embrapa Soja
(Londrina, PR), falou sobre plantas transgênicas e controle
químico; Augusto Costa, também da Embrapa Algodão,
mostrou a tecnologia de aplicação de inseticidas; Ivan
Cruz, da Embrapa Milho e Sorgo, focou o controle biológico; e
Paulo Henrique Soares, da Embrapa Meio-Norte (Teresina, PI), que
destacou a situação das lavouras nos cerrados do
Piauí e as ações fitossanitárias
desenvolvidas no Estado.
A Caravana Embrapa de Alerta às Ameaças Fitossanitárias, com foco na lagarta
Helicoverpa armigera,
tem o apoio das associações brasileiras de produtores
de Algodão e Soja, e da Organização das
Cooperativas do Brasil –OCB.
Fernando Sinimbu, jornalista - 654 MTb/PI
Embrapa Meio-Norte
Contatos: fernando.sinimbu@embrapa.br
+55(86) 3089-9118